alquimista de mim mesmo.
- Sou uma mulher que se devora?
- Não,
É que vivo em eterna mutação,
com novas adaptações a meu renovado viver
e nunca chego ao fim
de cada um dos meus modos de existir.
Vivo de esboços não acabados e vacilantes,
mas equilibro-me como posso,
entre mim e eu,
entre mim e os homens,
entre mim e o Deus.
Vivo em escuridão da alma,
e o coração pulsando,
sôfrego pelas futuras batidas que não podem parar".
Clarice Lispector
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