''Não se lê ou se escreve poesia,
por ser só bonitinho,
mas sim ,
porque somos membros da raça humana,
e a raça humana está embuida de paixão!
Administração, Medicina,
Direito, Engenharia,
são ocupações nobres,
necessárias à vida,
mas,
poesia, beleza,
romance, amor,
isto é o que nos mantém vivos!''
Walt Withman - poeta americano
Saturday, September 15, 2007
Em chamas!
Minha carruagem de fogo,
incendeia,
e como num louco querer
sinto o desejo de escrever,
alguns dos meus versos de amor
neste teu corpo também incandescente,
indecente, volúvel,
incauto, profano
e imprudente.
Minha carruagem de fogo,
e como num louco querer
sinto o desejo de escrever,
alguns dos meus versos de amor
neste teu corpo também incandescente,
indecente, volúvel,
incauto, profano
e imprudente.
Minha carruagem de fogo,
incendeia,
borbulhando em labaredas ardentes,
as indóceis fagulhas
borbulhando em labaredas ardentes,
as indóceis fagulhas
que em vermelho se levanta,
e junto ao teu corpo se acende!
O suor um tanto quente,
mina pelos poros,
ao mesmo tempo
que o coração salta
ao vento nesta intensa e
efervescente euforia!
Cabeça,
braços,
e junto ao teu corpo se acende!
O suor um tanto quente,
mina pelos poros,
ao mesmo tempo
que o coração salta
ao vento nesta intensa e
efervescente euforia!
Cabeça,
braços,
pernas,
se jogam em movimentos perfeitos,
inconstantes, sem compasso
e abraçam o teu corpo,
como se este fosse
neste momento,
o teu último sopro de vida!
.... Mares
se jogam em movimentos perfeitos,
inconstantes, sem compasso
e abraçam o teu corpo,
como se este fosse
neste momento,
o teu último sopro de vida!
.... Mares
Friday, September 14, 2007
DNA do Amor!
QUE ALMA.....
Que alma poderia ser tão arrogante ao ponto de se dar ao luxo de recusar e dispensar um amor?
É inútil.... é sinal de tola e vã sabedoria, é ser ignorante em si mesmo, no seu próprio casulo, é desconhecer o mandamento maior!
E, porquê se privar do contato humano, da calorosa acolhida que o outro vai lhe causar!
Dispensar um amor, um afeto, uma amizade.....nestes tempos modernos!!!.....Loucura...
Tudo e todas as coisas que fazemos depende dos relacionamentos, depende de estarmos envolvidos com alguém!
Não se pode recusar relacionamentos, e nem mesmo dizer se estes são bons
ou ruins, ou se os múltiplos podem ser bons ou ruins. Nem se deve declarar
ou proclamar se estes são bons ou maus provedores de dificuldades, o que nos
interessa é que, todos os nossos atos estão direcionados á alguém ou á alguma
coisa que nos faz bem e nos faz feliz.
O que conta é que nossos relacionamentos existam, e para melhor vivermos, não
podemos, de forma alguma dispensar a companhia de uma outra pessoa, seja
ela o seu amor, seu amigo, seu vizinho, seu irmão, seu ajudante mais direto, ....
Estamos envolvidos sempre como os nossos semelhantes e não se pode recusar
sua presença em nossa vida ou subtraí-los do nosso cotidiano!
Nascemos sociáveis e solidários, e temos em nosso gen o dna da amizade e do amor.
Nossa alma se identifica sempre com uma outra!
Que alma é essa que pode recusar o amor?
Quem pode recusar ?
É louco?....
Temos que partilhar a vida..... para que a solidão!?.....
Que alma poderia ser tão arrogante ao ponto de se dar ao luxo de recusar e dispensar um amor?
É inútil.... é sinal de tola e vã sabedoria, é ser ignorante em si mesmo, no seu próprio casulo, é desconhecer o mandamento maior!
E, porquê se privar do contato humano, da calorosa acolhida que o outro vai lhe causar!
Dispensar um amor, um afeto, uma amizade.....nestes tempos modernos!!!.....Loucura...
Tudo e todas as coisas que fazemos depende dos relacionamentos, depende de estarmos envolvidos com alguém!
Não se pode recusar relacionamentos, e nem mesmo dizer se estes são bons
ou ruins, ou se os múltiplos podem ser bons ou ruins. Nem se deve declarar
ou proclamar se estes são bons ou maus provedores de dificuldades, o que nos
interessa é que, todos os nossos atos estão direcionados á alguém ou á alguma
coisa que nos faz bem e nos faz feliz.
O que conta é que nossos relacionamentos existam, e para melhor vivermos, não
podemos, de forma alguma dispensar a companhia de uma outra pessoa, seja
ela o seu amor, seu amigo, seu vizinho, seu irmão, seu ajudante mais direto, ....
Estamos envolvidos sempre como os nossos semelhantes e não se pode recusar
sua presença em nossa vida ou subtraí-los do nosso cotidiano!
Nascemos sociáveis e solidários, e temos em nosso gen o dna da amizade e do amor.
Nossa alma se identifica sempre com uma outra!
Que alma é essa que pode recusar o amor?
Quem pode recusar ?
É louco?....
Temos que partilhar a vida..... para que a solidão!?.....
Três minutos apenas????/....
Marcar hora para transar pode contrariar a lógica do desejo, mas é mais c
omum do que parece. O sexo previamente agendado é o habitual para 41%
dos chineses que participaram de um estudo que ouviu mais de 5.000 pessoas
em 26 países. O Brasil está em segundo lugar na lista, com 12% dos
entrevistados estipulando horário para a relação sexual.
NO COMEÇO aquilo parecia apenas o resultado de uma atitude prática, racional. Profissionais ambos, ele médico, ela advogada, e sempre às voltas, ambos,
com uma agenda sobrecarregada, deram-se conta de que os encontros teriam
de ocorrer em horários rigorosamente marcados.
O que não deveria ser um
obstáculo para a paixão que ambos sentiam, que parecia firme e duradoura.
De fato, no começo foi assim.
Encontravam-se em um hotel, no centro da cidade, em dia e hora previamente
estabelecidos. O tempo que podiam passar juntos em geral não ultrapassava
45 minutos, aparentemente mais que suficientes.
Mas então uma sutil mudança foi se operando nela.
Mulher fogosa, continuava motivada pelo desejo; porém mostrava-se
cada vez mais fixada no tempo, no controle do tempo.
O relógio -um pequeno despertador que sistematicamente extraía da bolsa
e colocava sobre a mesa de cabeceira passou a mobilizar boa parte de
sua atenção. Por cima do ombro nu do parceiro, olhava constantemente
o mostrador, acompanhando a marcha implacável, porém fascinante,
dos ponteiros. De início ele não se deu conta do que sucedia; mas então
ela disse que precisavam organizar melhor a agenda do encontro, em função,
claro, do pouco tempo de que dispunham. Mulher racional, extremamente
prática e disciplinada, tinha uma proposta nesse sentido. Extraiu da bolsa uma folha de papel e pôs-se a ler o que se constituía num verdadeiro e esquemático regulamento do
encontro. A primeira e fundamental condição era a pontualidade.
Teriam de chegar ao hotel exatamente na hora prevista.
O tempo para tirar a roupa seria de três minutos. Os cinco minutos seguintes
seriam destinados a carícias prévias sem as quais (isto ela admitia, ainda
que com relutância) o coito poderia se tornar muito brusco.
Estavam previstos cinco beijos, cada um com a duração de 15 segundos;
para palavras amorosas, seis minutos e assim por diante.
O ato sexual propriamente dito duraria, isso de acordo com trabalhos
especializados, 11 minutos. Depois, banho, vestir-se, sair, tudo cronometrado.
Poderia funcionar bem.
Mas em matéria de pontualidade ele não chegava aos pés dela.
Inevitavelmente, e também por causa do consultório movimentado,
atrasava-se, o que, inicialmente, ela aceitou: afinal, amavam-se. Mas quando
os atrasos se tornaram constantes, ela começou a impor sanções: corte nas
carícias prévias, diminuição do número de beijos. Acabaram rompendo.
Ele agora tem uma nova namorada, menos fogosa, porém menos preocupada
com o relógio.
No último Dia dos Namorados, ela lhe deu de presente uma
ampulheta, que ele conserva sobre a mesa do consultório.
De vez em quando, fica a olhar a areia escorrendo, o que lhe provoca
interessantes reflexões sobre a transitoriedade da existência.
Amor com hora marcada
de Moacyr Scliar - Texto publicado na ''Folha de São Paulo''
www.folha.com.br em 12 de junho/07 - Cotidiano
omum do que parece. O sexo previamente agendado é o habitual para 41%
dos chineses que participaram de um estudo que ouviu mais de 5.000 pessoas
em 26 países. O Brasil está em segundo lugar na lista, com 12% dos
entrevistados estipulando horário para a relação sexual.
NO COMEÇO aquilo parecia apenas o resultado de uma atitude prática, racional. Profissionais ambos, ele médico, ela advogada, e sempre às voltas, ambos,
com uma agenda sobrecarregada, deram-se conta de que os encontros teriam
de ocorrer em horários rigorosamente marcados.
O que não deveria ser um
obstáculo para a paixão que ambos sentiam, que parecia firme e duradoura.
De fato, no começo foi assim.
Encontravam-se em um hotel, no centro da cidade, em dia e hora previamente
estabelecidos. O tempo que podiam passar juntos em geral não ultrapassava
45 minutos, aparentemente mais que suficientes.
Mas então uma sutil mudança foi se operando nela.
Mulher fogosa, continuava motivada pelo desejo; porém mostrava-se
cada vez mais fixada no tempo, no controle do tempo.
O relógio -um pequeno despertador que sistematicamente extraía da bolsa
e colocava sobre a mesa de cabeceira passou a mobilizar boa parte de
sua atenção. Por cima do ombro nu do parceiro, olhava constantemente
o mostrador, acompanhando a marcha implacável, porém fascinante,
dos ponteiros. De início ele não se deu conta do que sucedia; mas então
ela disse que precisavam organizar melhor a agenda do encontro, em função,
claro, do pouco tempo de que dispunham. Mulher racional, extremamente
prática e disciplinada, tinha uma proposta nesse sentido. Extraiu da bolsa uma folha de papel e pôs-se a ler o que se constituía num verdadeiro e esquemático regulamento do
encontro. A primeira e fundamental condição era a pontualidade.
Teriam de chegar ao hotel exatamente na hora prevista.
O tempo para tirar a roupa seria de três minutos. Os cinco minutos seguintes
seriam destinados a carícias prévias sem as quais (isto ela admitia, ainda
que com relutância) o coito poderia se tornar muito brusco.
Estavam previstos cinco beijos, cada um com a duração de 15 segundos;
para palavras amorosas, seis minutos e assim por diante.
O ato sexual propriamente dito duraria, isso de acordo com trabalhos
especializados, 11 minutos. Depois, banho, vestir-se, sair, tudo cronometrado.
Poderia funcionar bem.
Mas em matéria de pontualidade ele não chegava aos pés dela.
Inevitavelmente, e também por causa do consultório movimentado,
atrasava-se, o que, inicialmente, ela aceitou: afinal, amavam-se. Mas quando
os atrasos se tornaram constantes, ela começou a impor sanções: corte nas
carícias prévias, diminuição do número de beijos. Acabaram rompendo.
Ele agora tem uma nova namorada, menos fogosa, porém menos preocupada
com o relógio.
No último Dia dos Namorados, ela lhe deu de presente uma
ampulheta, que ele conserva sobre a mesa do consultório.
De vez em quando, fica a olhar a areia escorrendo, o que lhe provoca
interessantes reflexões sobre a transitoriedade da existência.
Amor com hora marcada
de Moacyr Scliar - Texto publicado na ''Folha de São Paulo''
www.folha.com.br em 12 de junho/07 - Cotidiano
Metade Necessária......
Todos procuramos a metade de nós,
todos procuramos o complemento de corpo e alma,
a metade do coração,
a metade da alma,
o outro lado do riso, da lágrima,
o que falta ao sonho,
a outra metade......
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço!
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada,
porque metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão!
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui..mas a outra metade eu não sei......
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a metade é cansaço!
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba ..e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer,....porque metade de mim é platéia, a outra metade, canção, e que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim
é AMOR........e a outra metade....... TAMBÉM!
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