Não sou contra o '‘Lulismo’’, nem tão pouco '‘a favor’' de Dilma,
nem tão pouco '‘a favor’’ de Serra, (quem pra mim, como pro-
fessora, o tenho como um grande, e se não, o maior desagrado
ao professorado paulista).
Dentre os politicos da geração 'Serra', devo dizer que aprecio,
que admiro todo o saber, todo o conhecimento histórico, social,
político, antropológico e diplomático de Fernando Henrique
Cardoso, contudo, tivemos, presenciamos e vivenciamos
uma revolução social que marca toda uma geração, esta
geração nascida nos anos ’80, e que agora assinala votos
para eleger e legitimar candidatos para um futuro que
só a eles ( estes nossos jovens filhos, sobrinhos ),
pertencerão, e lhe caberão viver.
Claro que se sabe que em toda história da política eleitoral
houve sempre, há sempre e sempre haverá discordâncias e
divergências, pois estas migram sempre ‘em prol’ do
partido de situação, contudo as brigas têm sido difama-
tórias e beiram a uma total declaração de amor e ódio
por seus rivais.
O melhor texto que li em se tratando de opiniões sobre a
política atual, e os rumos que esta poderá ter, e
sobre o ‘modelo econômico ‘’ que gerenciou um pais,
o nosso Brasil.... durante oito anos desde Fernando Henrique,
até o dia de 21 de outubro, destaco agora!
... gostei do que li hoje ...
‘’Sob a névoa do Lulismo’’
Acho mesmo que assuntos como aborto, e religião não são
pautas pra serem discutida em horários eleitorais nem
em debates políticos '‘ao vivo e a cores’’
como as TVs têm mostrado.
Eu, como mulher, predestinada à gerar filhos, por
uma iluminação divina, nunca fiz um
aborto, pois..... nunca me senti grávida,
nunca fiquei grávida, (mesmo que em condições inima-
gináveis, ou me visse em situações em que eu pudesse
chorar depois, se perdesse a oportunidade de ser mãe),
mas conheço mulheres, e muitas,
que por muitos motivos ou especificamente por
‘’um exclusivamente’’ , o fizeram.
Eu diria que, em aconselhamento, se me fosse solicitado, .....
que filhos, se se quer tê-los, se tem as dezenas, mas,
pais para estes filhos, poucos ou raríssimos homens
seriam capazes de bem sê-lo, e que se mulheres diversas,
conhecidas ou desconhecidas optaram por assim agi-
rem, penso que elas tiveram os seus motivos, legais
ou não, e, na minha imparcialidade, na minha modesta,
e sincera opinião, não poderia dizer
que elas cometeram o maior pecado do mundo, e como
simples mortal não as podia julgá-las. Quem é o ser humano
que é capaz de julgar e condenar, serão preciso leis
que permitam ou proíbam o nascer ou morrer?
Se, para o momento em que estas mulheres se permitiram
e se autodeliberaram para que este ato fosse feito, -
eliminar uma vida, e de ser dona e autora do que
fazer com ela, indiscutivelmente, e alheio ao julgamento
e da aceitação do conceito religioso que o seu meio diz se
lhe convém ou não - , deve ser sempre uma resolução
deveras marcante e sofredora. Contudo, imagina-se
considerar o que se passara antes e quantos trauma restarão
desta tomada de decisão.
Como já foi dito, ‘’religião não tem partido’’,
(Pe Marcello Rossi) é óbvio que havemos de concordar,
o tão polêmico assunto ‘’aborto’’, está em tamanho
destaque em debates políticos como mostra as esta-
tísticas, que parece até que a gente está vivendo
um retrocesso dos conceitos de afirmação
feminina dos anos ’60.
Deixemos que estas decisões passem pela religiosidade, pela
moralidade, e humanidade de cada um, ou melhor,
de cada uma.
O que é isso?
A vida mudou, .... o sentimento de amor mudou...
o conceito de amor mudou... a mulher mudou, o homem
mudou... tanto no seu conceito teológico como no seu
conceito filosófico... o comportamento humano mudou, a
sociedade mudou, a vida tomou um conceito mais amplo,
e mais severo daquele romantismo que imperava nos
''anos dourados'', nos anos em que família era única,
e que hoje, muito mais que em décadas passadas,
a vida trás as variações do poder, do querer, do poder
do amor e de amar!
Políticos mesclam temas em situações de debates,
contraditórios que para eles, têm pouca relevância para
os objetivos que pleiteiam, mas fazem de maneira
que aguçam a curiosidade do eleitor, de tal modo que
pautam suas propostas como se lhe fossem dadas
respostas favoráveis para o seu contrato de trabalho,
quase nem tanto político, como nem tanto social.
Estamos quase no final, veremos o(a) sucessor(a)
quem...... ???de quem.... ???quais... ???tenho
certeza que ainda levará alguns anos para surgir
novos políticos que preencham as exigências de um
eleitorado cada vez mais exigente e antenado, dentro
de uma nação que se projeta para um futuro
de igualdade entre as grandes potências!
Mares- Crônicas/2010
