Wilhelm Ernst Wenders
(pseudônimo )
Wim Wenders
Idade: 62 anos
Nascimento: 14/08/1945
País de nascimento: Alemanha
Local de nascimento: Düsseldorf, North Rhine-Westphalia
O meu diretor preferido, deixa no cinema sua marca e mostra que tem
decisão pra filmar o que gosta, temas que transcendem, de forma particular
a espiritualidade, sobre o aspecto de fazer a revolução pessoal no
cinema contemporâneo.
Em entrevista, hoje no último dia do Festival, ele afirmou que, defende
filmes com visões pessoais do mundo, e que o cinema é mostrar tudo o
que a imaginação pode criar e isso deve ser feito de uma maneira pessoal,
que é a única forma de manter o cinema vivo.
Explicou que "o cinema é algo extremamente vivo que pode sobreviver e
ser sólido", mas que para isso deve fugir das fórmulas convencionais.
Defendendo assim a pouco convencional história que conta em
no final da década de 80 ou 90, como seu celebrado "O céu sobre Berlim" (1987).
Seu novo filme conta a história de Finn (Campino, o cantor do grupo
alemão Die Toten Hosen), um fotógrafo de êxito internacional que está
"perdido", sem lugar definido e isolado, sempre escutando música e que
encontra em Palermo uma jovem (Giovanna Mezzogiorno) que
lhe entende.
"Perdi toda a confiança na estrutura clássica dos filmes", disse Wenders,
que defendeu "as entrelinhas", para se fazer um cinema "com essa qualidade
extraordinária que é a de nos ajudar a perceber as coisas".
Em relação a isso, o diretor contou que se relaciona com muita gente jovem
e a indústria cinematográfica não entende que o que faz diferença
os jovens é justamente essa "visão pessoal das coisas".
E pessoal é certamente o filme de
Wenders, no qual o fotógrafo enfrenta a
morte (representada por Dennis Hopper) em Palermo, a cidade que, na
opinião do diretor, melhor poderia representar o fato.
Dennis Hopper considerou "apropriado" que ele e a morte "se encontrem
em um personagem", uma interpretação na qual, segundo ele,
Wenders lhe permitiu "um grande espaço de criação"."A morte restaura
a imagem da vida no filme" e por isso o personagem de Hopper está
vestido de branco e cheio de luz.
Para contar essa história de vida e morte, de realidade e ficção, o
diretor utilizou os sonhos."Como qualquer outra pessoa, aprendo
com os sonhos", disse o diretor, ao contar que quando acorda com uma
imagem em sua mente a escreve imediatamente e isso o ajuda a
melhorar sua vida e serve de inspiração para seus filmes, como neste
caso, um filme que é "um sonho acordado", como ele mesmo definiu
sua obra.
Em relação à trilha sonora de "Palermo Shooting" que é tão importante
como os diálogos dos personagens, o realizador alemão afirmou que a
música "é muito importante" em sua vida, "em nível existencial".
"Dei-me conta de que meus grupos favoritos contam em suas canções
temas que ninguém mais conta nos filmes. Por isso quis fazer o filme
e dar tanta importância à música nele", completou.
Tenho dois bons motivos pra ver este filme, quando em sua estréia,
nas telas brasileiras,...ele, Wim Wenders e
Lou Reed, com aquela voz,
e mestre num som de rock totalmente melodioso e nostágico,
mas verdadeiro nas circunstâncias!
Está na minha lista!