Saturday, May 24, 2008

Meu Diretor em Cannes





















Wilhelm Ernst Wenders
(pseudônimo )
Wim Wenders

Idade: 62 anos
Nascimento: 14/08/1945
País de nascimento: Alemanha
Local de nascimento: Düsseldorf, North Rhine-Westphalia
O meu diretor preferido, deixa no cinema sua marca e mostra que tem
decisão pra filmar o que gosta, temas que transcendem, de forma particular
a espiritualidade, sobre o aspecto de fazer a revolução pessoal no
cinema contemporâneo.

Em entrevista, hoje no último dia do Festival, ele afirmou que, defende
filmes com visões pessoais do mundo, e que o cinema é mostrar tudo o
que a imaginação pode criar e isso deve ser feito de uma maneira pessoal,
que é a única forma de manter o cinema vivo.


Explicou que "o cinema é algo extremamente vivo que pode sobreviver e
ser sólido", mas que para isso deve fugir das fórmulas convencionais.
Defendendo assim a pouco convencional história que conta em
''The Palermo Shooting'' que marca um retorno ao estilo de seus filmes realizados
no final da década de 80 ou 90, como seu celebrado "O céu sobre Berlim" (1987).
Seu novo filme conta a história de Finn (Campino, o cantor do grupo
alemão Die Toten Hosen), um fotógrafo de êxito internacional que está
"perdido", sem lugar definido e isolado, sempre escutando música e que
encontra em Palermo uma jovem (Giovanna Mezzogiorno) que
lhe entende.

"Perdi toda a confiança na estrutura clássica dos filmes", disse Wenders,
que defendeu "as entrelinhas", para se fazer um cinema "com essa qualidade
extraordinária que é a de nos ajudar a perceber as coisas".
Em relação a isso, o diretor contou que se relaciona com muita gente jovem
e a indústria cinematográfica não entende que o que faz diferença
os jovens é justamente essa "visão pessoal das coisas".

E pessoal é certamente o filme de Wenders, no qual o fotógrafo enfrenta a
morte (representada por Dennis Hopper) em Palermo, a cidade que, na
opinião do diretor, melhor poderia representar o fato.
Dennis Hopper considerou "apropriado" que ele e a morte "se encontrem
em um personagem", uma interpretação na qual, segundo ele,
Wenders lhe permitiu "um grande espaço de criação"."A morte restaura
a imagem da vida no filme" e por isso o personagem de Hopper está
vestido de branco e cheio de luz.
Para contar essa história de vida e morte, de realidade e ficção, o
diretor utilizou os sonhos."Como qualquer outra pessoa, aprendo
com os sonhos", disse o diretor, ao contar que quando acorda com uma
imagem em sua mente a escreve imediatamente e isso o ajuda a
melhorar sua vida e serve de inspiração para seus filmes, como neste
caso, um filme que é "um sonho acordado", como ele mesmo definiu
sua obra.
Em relação à trilha sonora de "Palermo Shooting" que é tão importante
como os diálogos dos personagens, o realizador alemão afirmou que a
música "é muito importante" em sua vida, "em nível existencial".
"Dei-me conta de que meus grupos favoritos contam em suas canções
temas que ninguém mais conta nos filmes. Por isso quis fazer o filme
e dar tanta importância à música nele", completou.

Tenho dois bons motivos pra ver este filme, quando em sua estréia,
nas telas brasileiras,...ele, Wim Wenders e Lou Reed, com aquela voz,
e mestre num som de rock totalmente melodioso e nostágico,
mas verdadeiro nas circunstâncias!

Está na minha lista!





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