Neste dia do Professor nada de corujinhas para representá-los,
nada de cartões caros para homenageá-los, nada de caixas pomposas
de presentes para presenteá-los, nada de discursos prolixos,
demorados e sem valor para alugar o seu tempo, tudo isto não passa
de uma grande balela para preencher o tempo, e fantasiar
ainda mais a imagem de um profissional tão mal discriminado,
mal remunerado, mal colocado, em função de trabalho na
sociedade atual.
Se antes, quando uma menina se formava professora, o desejo
dos pais, era basicamente que ela se casasse com um
engenheiro, um advogado, e, se, por felicidade, ela se
apaixonasse por um estudante de medicina,
as familias se uniam e o casamento já era,
seguramente, previsto, tamanho era o respeito que
a profissão evidenciava.
Hoje, professores e professoras sabem que quem lhes
dá o devido desvalor são os dirigentes do estado, que
veêm na profissão um aspecto de fragilidade caricata,
uma profissão em que a caridade é vista como um ato de
compaixão, de penar, de benevolência destinado à quem
não é alfabetizado ou quem não teve acesso à escola.
Como se respeitava um professor nos anos em que eu estudei,
à bem da verdade, não é tanto tempo assim, como professora que
sou e fui, a educação dos finais dos anos sessenta e setenta,
e, meados dos anos oitenta, ainda era a melhor formação
que os pais queriam que seus filhos tivessem, a escola
estadual e pública era endereço certo para sua formação
escolar, antes da faculdade. A escola era forte, corpo docente
ditava disciplina e responsabilidade no estudo.
Não estou fazendo apologia à escola destes anos, mas quero
deixar claro o quanto a escola mudou, dos anos '90 para cá.
É verdade que o adolescente tem direito, aliás, os pais
já sabiam disto, quando colocavam filhos na escola, desde
o começo do século, mas permitir abusos quanto a
indisciplinaridade, é uma insensatez dentro do código
de moral e a ética na escola de hoje.
Basta ver de que, e de quem professores têm sido
vitímas, alunos e adolescentes que vieram ao mundo na
época em que os direitos humanos, desde o oriente até
ocidente, pululavam e o mundo absorveu toda esta ''gritaria'',
os gritos de liberdade que tanto os povos queriam.
Os pais e mães, cujos filhos englobalizaram esta rebeldia,
tiveram registrado no seu dna, o direito de agir tal como
os movimentos evidentes no seu tempo escolar e de cidadão,
ainda mal formado exigindo, fora de hora o seu direito
de ter sempre muitos direitos.
Depois de reformas na educação, a escola deixou de ser um lugar
de tranquilidade e paz, hoje ela revela a agressividade que marca
e desassossega uma geração, de uma geração que agride por ''bulling'',
por gestos, pela virtualidade que a sociedade ganhou em tecnologia,
e a família, desprovida de domínio e segurança dos pais,
perdeu o controle de apaziguar seus próprios filhos.
O que se deseja neste dia é que ele possa ser
visto com um profissional sério, competente, não um ''amador'',
capaz de enfrentar crianças e adolescentes sem se sentir vulnerável,
inseguro,consciente de que a política educacional o apoia, e dá
sustentabilidade na realização de sua tarefa, e, que sua vida
em sala de aula seja sempre fortalecida cada dia, dado ser sua
missão, caráter de amor,mas,que precisa ser protegida e valorizada.
Feliz Dia dos Professores!
a todos que conheço,aos que estão na luta diária
em benefício da extinção do analfabetismo no país, e,
mais, por todos que formaram cidadãos e políticos
que trabalham em prol da consciência moral do nosso Brasil.
Parabéns aos excelentes professores que percorrem os corredores
e entram em suas salas de aula, ainda felizes,
mesmo, cada um deles sabendo tão grande é sua luta.
''Com um pé não chão e o outro nas estrelas,
o PROFESSOR pode levar seus alunos a
todos os lugares.''
(autor desconhecido)