
O anoitecer se dobra,
Íntimo
Íntimo
Ao som da melodia
Do crepúsculo
Conceitos abstratos d’alma
D’alva
Estrela vespertina,
Descortina
Inocente
A criança que a noite desperta.
Noite que brinca
Aguça e enfeitiça,
Trapézio que embala
Desvirtua.
O corpo da menina que suplicante
Em não ser mais donzela
Se libera,
Se deflora.
Prefácio...
É o anoitecer.
Luz verde
Para o vermelho
Que veste a noite.
Madrugada,
Mulher solta
ao encontro de beijos
imprecisos
primícias,
do seu corpo que seduz.
do seu corpo que seduz.
Madrugada,
Feita de jogos na calçada,
Corridas, saltos arrastados,
Perseguindo sonhos de noivas
Com alianças dedilhadas
Em mãos que acariciam
E eternizam
Sonhos antigos,
Sonhos masculinos.
Desejo primaz de se tornar
A dama de seu amor em
Ópera
Tão imprevidente.
Ventre fértil,
Fértido, abundante,
Induzindo a concepção
Numa noite sem castidade.
Deflorada
E avessa
Despida
Desvirtuada
Morre a noite
Em tua caverna.
Aurora,
Filha mais nova
Do teu amor intenso e noturno,
Que de um choro infantil
Se faz canto e riso
Compasso musical
Libertando a escuridão
De uma noite tão devassa
Que agora, vive,
Princípio divino e eterno
Da criação
Lume,
Inteligência e juízo,
Não se desquita da felicidade
E esposa outra vida!
Nesta sua alvorada,
O amanhecer
Resplandece e
Eterniza
O sonho de mulher!
Cantando sobre
Cantando sobre
O seu berço de amor!
Mares/2008
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