Borbulha a minha fonte,
inesgotável,
fazendo-se indócil e bela,
impaciente, espalhando gotas e grãos
ás terras fecundas,por onde desfila.
Imensa corrente desliza,
nas vagas, corre,
ás margens de raízes presas,
que querem abraçar,
na ânsia voraz de me deter.
Neste percurso,
inquieta,
navego em águas doce,
translúcida, perfilo,
na acomodação do meu leito,
sem me importar com
os impiedosos seixos
cujas ondulações desafio,
rasgando assim o meu vestir.
Fonte mágica que caminha,
perseguindo a vitória querendo,
os braços abertos do mar,
para a recepção festiva do meu ventre,
quando em berço,
numa melodia ao mar,
de brancas espumas na areia,
minhas águas,
com as águas do mar,
hão de misturar! Mares_ /2007/
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